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A história da Curves
Em 1992, Gary Heavin inaugurou, junto com sua mulher, Diane, a primeira unidade da Curves, em Harlingen, Texas. Desde então, num processo vertiginoso de crescimento, a Curves se espalhou pelo mundo, alcançando a marca de mais de 10.000 unidade e mais de 4 milhões de sócias, em quase 50 países, como Estados Unidos, Canadá, França, México e Austrália, entre diversos outros. Seu faturamento ultrapassa a incrível marca de 1 bilhão de dólares anuais.
A Curves é considerada a rede de franquias que mais cresce no mundo e a que cresce mais rápido. Estima-se que, a cada mês, 200 novas unidades sejam inauguradas no mundo.
Em setembro de 2007 existiam no Brasil 170 unidades da Curves, espalhadas por 17 Estados, em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Belém, Goiânia, Campinas, entre outras. Segundo dados da ABF (Associação Brasileira de Franchising – www.portaldofranchising.com.br ), o investimento necessário para a abertura de uma unidade franqueada da Curves é entre R$ 90 mil e R$ 135 mil.
Todo esse sucesso não veio de uma hora para outra. Aos vinte anos, Heavin largou seus estudos para se dedicar, junto com seu irmão, à administração de uma academia em Houston, EUA. Durante um bom tempo, eles conseguiram fazer o negócio prosperar. Entretanto, depois de em alguns anos ter conseguido uma expansão significativa, contanto com mais de 15 academias e acumulando um capital de mais de 1 milhão de dólares, a empresa foi à falência.
Para Heavin, os custos eram muito elevados, já que os aluguéis eram caros e as academias possuíam uma infraestrutura complexa. Outro problema detectado por ele foi a dificuldade de encontrar bons gerentes para administrar as academias.
O conceito da Curves e seu diferencial
O diferencial oferecido para a Curves vem dos estudos e da observação apurada de Gary Heavin. O cliente da Curves – ou melhor, a cliente, pode ser definida como uma mulher infeliz com o seu corpo e sem o hábito de fazer exercícios físicos. Para isso, a Curves inovou o conceito de academia, criando um sistema de exercícios com duração máxima de trinta minutos, três vezes por semana. Dessa maneira, a Curves se destina principalmente às mulheres que dispõem de pouco tempo para as atividades físicas.
Em uma academia Curves só se aceitam mulheres. Desse modo, as clientes não correm o risco de serem “admiradas” pelos olhares de um rapaz musculoso, evitando assim qualquer constrangimento. O ambiente é acolhedor, sem espelhos, propício para que as mulheres possam interagir.
Os aparelhos funcionam a partir de princípios de resistência hidráulica. De acordo com o fundados, dessa maneira eles têm o benefício de oferecer riscos bastante reduzidos de lesões musculares, sem deixar de proporcionar o tônus muscular desejado pelas clientes.
Na sala de ginástica, cerca de 15 deles são dispostos em um circuito circular. Após um breve aquecimento, uma professora orienta as alunas a ocupar um dos aparelhos. Uma gravação indica o momento de passar pra a próxima “estação”. Entre um equipamento e outro, há plataformas para exercícios aeróbicos. Normalmente o circuito é repetido duas vezes. O tempo de cada aparelho é curto, entre 30 e 50 segundos. Como as mulheres têm que ficar atentas às trocas e não há espelhos, não há problemas com as gordurinhas a mais que as clientes normalmente ostentam.
Heavin diz que as clientes se apaixonam pela Curves e falam para as amigas. Algumas viram franqueadas – o que em parte explica o crescimento vertiginoso da empresa em todo o mundo. Foi assim com a arquiteta contratada para o projeto da primeira Curves no Brasil, Daniela Amaral. Ela ficou tão envolvida com o negócio que passou a freqüentar a academia tão logo que ela foi inaugurada, mesmo nunca tendo sido fã de ginástica. Daí foi “um pulo” até abrir a unidade Morumbi, em agosto de 2005.
Um modelo de serviços plenamente focados
De acordo com Lovelock e Wright, uma empresa de serviços pode implementar o conceito de foco estratégico através de decisões em duas dimensões: escopo do serviço e mercado-alvo. Decidindo pela maior ou menor amplitude de cada uma desses variáveis, pode combiná-las em quatro estratégias: foco pleno, foco no serviço, foco no mercado ou sem foco.
Heavin construiu um modelo de negócios baseado na mais estreita estratégia de foco possível. Sua definição de público-alvo é absolutamente restrita, como descrito anteriormente, e as atividades oferecidas são bastante específicas. Nada de imensos salões de musculação, nem uma piscina ou uma saúda. Nada de atividades como spinning, boxe tailandês, ioga, terapias alternativas, etc., comuns na maioria das grandes academias.
Com um posicionamento bem-definido, baseado em um forte conceito de serviços, implementado com grande competência e eficácia, parece que a Curves vem conseguindo alcançar todos os benefícios advindos do foco estratégico em serviços, a despeito dos riscos envolvidos com esse tipo de modelo.
Desde o início, a empresa valeu-se da estratégia baseada em foco. As primeiras unidade nos Estados Unidos foram abertas em pequenas cidades, onde os aluguéis eram mais baratos e não havia uma competição tão acirrada quanto nas grandes cidades. Foi mais fácil para a Curves se tornar conhecida em comunidades menores, ganhando fôlego ara depois entrar nas principais cidades.
Fonte: http://www.espm.br/Publicacoes/CentralDeCases/Documents/CURVES.pdf
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